Um em cada quatro pais acredita que a educação do filho foi afetada e 61% se sentem agora mais confiantes em suas habilidades parentais
A rotina das famílias sofreu impactos significativos com a pandemia de COVID-19. Pais e cuidadores enfrentaram o desafio de equilibrar suas necessidades pessoais com as dos filhos, da casa, de outros parentes e de empregadores e/ou empregados.
Para tentar entender os sentimentos dessas pessoas e saber mais sobre suas experiências durante o período de isolamento social, a Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, conduziu uma pesquisa online em todo o mundo, abordando questões como bem-estar durante a pandemia, educação escolar em casa, licença-família, paternidade de jovens adultos e impacto no cuidado.
Essa pesquisa foi realizada virtualmente com 5.865 pessoas nos EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Índia, Cingapura, China e Brasil entre os dias 22 de julho e 9 de agosto de 2021. Adicionalmente foram consultados 1.249 profissionais da saúde dedicados à infância nos EUA, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália e França.
De acordo com a pesquisa, globalmente, um em cada quatro pais acredita que a educação do filho foi afetada na pandemia, e 31% disseram que o desenvolvimento social de seus filhos foi impactado. Profissionais da saúde endossam a afirmação. Na França, 91% dos médicos entrevistados acreditam que a saúde mental das crianças foi prejudicada durante o período.
O homeschooling foi um dos maiores desafios da quarentena para muitos dos entrevistados. 37% dos pais do Reino Unido dizem que conseguir que os filhos fizessem as aulas e tarefas de casa foi o maior desafio da educação em casa.
As mães foram as mais impactadas com o ensino domiciliar durante o período de quarentena, com 78% afirmando serem as principais responsáveis pela educação dos filhos no lar e 15% dizendo terem abandonado seus empregos por isso.
Mundialmente, 13% dos pais querem que a vida volte a ser como era antes da pandemia. No entanto, seis em cada 10 gostariam de continuar tendo mais tempo de qualidade para a família.
Como lado positivo para os laços familiares, 61% dos pais se sentem agora mais confiantes em suas habilidades parentais do que no início da pandemia.
No Brasil, ao contrário de outros países que fizeram parte do levantamento, movimentos de justiça social como Black Lives Matter e de apoio social ao gênero não binário e à identidade LGBTQ + tiveram impacto positivo entre jovens de até 22 anos. Quase metade dos pais brasileiros (46% e 49%, respectivamente) relataram sentir que esses movimentos trouxeram benefícios para a formação de seus filhos. Aqui foram registrados os maiores índices de positividade.